Curiosidades

As três primeiras mulheres eleitas deputadas em 1934:Domitilia de Carvalho, Maria Cândida Pareira e Maria Guardiola.

 

Esta noiva não poderá ter nenhuma destas profissões: hospedeira de ar da TAP ou enfermeira dos Hospitais Civis. Porquê? Porque a lei não o permitia.

 

 

Imagem de uma exposição de fotografias de João Carvalho Pina com textos de Rui Galiza, retirada do livro “Por teu livre pensamento”.

Aqui a curiosidade de aparecer na fotografia António Tereso, condutor do carro blindado de Salazar utilizado na fuga de Caxias.

 

 

Uma imagem do suplemento do Diário da Manhã editado a  propósito da inauguração da ponte Salazar

 

Se clicar nesta curiosa fotografia onde se vê a ponte a meio da sua construção, acede a um conjunto de outras fotografias e documentos inéditos ou no mínimo muito esquecidos.

 

Portaria nº 69035 de 1953

    

 

Em 1953 a Câmara Municipal de Lisboa publicou a portaria número 69035, destinada a aumentar o policiamento em zonas então consideradas “quentes”.

Portaria 69035 de 1953

«Verificando-se o aumento de actos atentatórios à moral e aos bons costumes, que dia a dia se vêm verificando nos logradouros públicos e jardins e, em especial, nas zonas florestais Montes Claros, Parque Silva Porto, Mata da Trafaria, Jardim Botânico, Tapada da Ajuda e outros, determina-se à Polícia e Guarda Florestais uma permanente vigilância sobre as pessoas que procurem frondosas vegetações para a prática de actos que atentem contra a moral e os bons costumes. Assim, e em aditamento àquela Postura nº 69035, estabelece-se e determina-se que o artº 48º tenha o cumprimento seguinte:

1º Mão na mão……………………2$50
2º Mão naquilo…………………15$00 
3ºAquilo na mão………………30$00
4º Aquilo naquilo………………50$00
5º Aquilo atrás daquilo………100$00

Parágrafo único

Com a língua naquilo, 150$00 de multa, preso e fotografado.»

 

 

 

 Decreto-lei 28219 de novembro de 1937. 

 

 

Em Portugal, dizem as más línguas que por influência da fosforeira que queria preservar o seu negócio, os portadores de isqueiros precisavam de uma licença em papel oficial emitida pelo governo para os poderem utilizar.

Ao estilo da época, estimulando a denúncia, o delator tinha uma percentagem do valor pecuniário apurado – 15% e a ser dividido com o autuante que auferia 30%. Decreto-lei 28219 de novembro de 1937.

 

 

Educação (?)

Em 1934, Eusébio Tamagnini, Ministro da Educação da altura, numa entrevista ao Diário de Notícias, explica como irá extinguir o analfabetismo, apesar de não ter verbas suficientes para atender a todos os casos de adultos e crianças que não sabem ler nem escrever. Para ser resolvido, afirma ele,  tal problema terá que ser simplificado  de acordo com as mais modernas pedagogias:

Quer dizer - acentua o Sr. Eusébio Tamagnini - que reduzindo das 585 000 crianças em idade escolar, 23% (8% de ineducáveis e 15% de normais estúpidos), ficam 134 500 que não carecem de ensino complementar. Para as restantes 451 000 são precisas mais 190 escolas e 270 professores.

 

in Escola, Sociedade que relação?, de Luiza Cortesão (1988)

Entre  1956 e 1974, incluindo a emigração clandestina, saíram de Portugal 1 600 000 pessoas.

 Este período ficou marcado pelo incremento da emigração ilegal, de tal modo que, entre 1969 e 1971, a emigração legal atingiu valores muito inferiores aos da emigração clandestina ou ilegal.

A demora na organização dos processos de emigração e na autorização concedida pelas autoridades portuguesas; as restrições impostas pelos países recetores,  de forma a atenuar o desemprego e os conflitos  internos; as  difíceis condições de vida no país; a guerra colonial, que se intensificava e levava à emigração clandestina  de milhares de jovens como forma de fugir dela, dado que  os jovens que não tivessem cumprido o serviço militar obrigat6rio não podiam sair do país sem autorização  e a intensificação das perseguições políticas pelo regime de Salazar foram  alguns dos fatores responsáveis pela intensificação da emigração ilegal durante a fase final do Estado Novo.

Relativamente à origem geográfica dos emigrantes portugueses, predominaram  as regiões localizadas a Norte do Tejo, nomeadamente no Litoral, com especial incidência para o Nordeste. As regiões do Interior, sobretudo o Interior Sul, com destaque para o Alentejo, foram as que menor peso tiveram na emigração portuguesa neste período.

O cravo simboliza a Revolução de Abril de 1974.  

Com o amanhecer, as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, solidárias com os soldados revoltosos e, segundo consta, embora existam várias versões,uma florista, contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi vista por um soldado que lhe pediu um cravo para pôr no cano da espingarda, sendo  seguido por muitos outros.
 

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